quinta-feira, 20 de dezembro de 2012

Meteorologistas Reunem-se em Campina Grande-PB e prevê seca no Sertão até março de 2013.



Relatório da II Reunião de Análise e Previsão Climática em Campina-Grande/PB prevê seca prolongada até março de 2013.

Relatório prevê período de chuvas retardado e escassez até fevereiro de 2013. Índice pluviométrico após março deve ficar próximo à média histórica.

No período de 17 a 19 de dezembro de 2012 o Assessor de Comunicação do Comitê da Bacia Hidrográfica do rio Piancó-Piranhas-Açu (CBH PPA) esteve nas dependências da Unidade Acadêmica de Ciências Atmosféricas da Universidade Federal de Campina Grande, para participar da II Reunião de Análise e Previsão Climática para o Setor Norte do Nordeste do Brasil – Ano 2013.
Foram analisadas as condições regionais da pluviometria e globais dos oceanos e da atmosfera, assim como os resultados de modelos numéricos de previsão sazonal, visando elaborar o prognóstico climático para o trimestre janeiro a março (JFM) de 2013, sobre o setor norte da região Nordeste do Brasil.
  Segundo o relatório, publicado no último dia do evento, em coletiva de imprensa, a  seca deve continuar assolando os Estados Norte da região Nordeste no início de 2013. A previsão climática é de escassez e período de chuvas retardado até fevereiro do próximo ano, segundo a Agência Executiva de Gestão das Águas da Paraíba (AESA).
  O órgão anunciou nesta quarta-feira (19) que a partir do início de março deverá  voltar a ser registrado um índice pluviométrico normal. Os meteorologistas acreditam que o ano terá condições climáticas um pouco melhores que 2012 e preveem o início do plantio agrícola a partir de março. O início do período chuvoso será retardado, mas deve se aproximar da média histórica principalmente no Semi-árido.
De acordo com a meteorologista Marle Bandeira, até o fim de fevereiro as chuvas serão apenas esparsas e irregulares.  “Teremos chuvas isoladas a partir do final de dezembro. Em março de 2013 a Zona de Convergência Intertropical deve atingir o Nordeste. A tendência é de evolução para as águas do Atlântico Norte resfriando e do Atlântico Sul aquecendo. Deste dezembro até o final de fevereiro de 2013, continuaremos a ter estiagem e chuvas abaixo da média”, explicou.
A afirmação do gerente da Aesa, Lucílio Vieira, é de que até fevereiro também é necessário manter o racionamento e a preocupação com o volume dos açudes. “Não haverá recarga significativa nos açudes até fevereiro. Locais com perigo iminente de racionamento, cujo volume é abaixo dos 30%, necessitam de atenção maior. É importante a manutenção para evitar o colapso. Aconselhamos os agricultores a começarem o plantio em março de 2013”.
Em 2012, foram registradas pela Aesa chuvas 60% acima da média histórica no período de janeiro a março, que é de 1.660 milímetros segundo o órgão. “A atual condição climática aponta para a continuidade da seca em 2013 e mais um ano de estiagem”, esclareceu o meteorologista Alexandre Magno.
A reunião contou com a participação de meteorologistas dos Centros Estaduais de Meteorologia e de diversos órgãos municipais, estaduais e federais com atividades inerentes e correlatas à meteorologia. O evento teve também a participação, via áudio-conferência, de meteorologistas do CPTEC/INPE em Cachoeira Paulista/SP, INMET, assim como de usuários em diversos pontos do Brasil.
fonte
Jornalista: Evanilson Barros

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