Relatório da II Reunião de Análise e Previsão Climática em Campina-Grande/PB prevê seca prolongada até março de 2013.
Relatório prevê período de chuvas retardado e escassez até fevereiro de 2013. Índice pluviométrico após março deve ficar próximo à média histórica.
Relatório prevê período de chuvas retardado e escassez até fevereiro de 2013. Índice pluviométrico após março deve ficar próximo à média histórica.
No período de 17 a
19 de dezembro de 2012 o Assessor de Comunicação do Comitê da Bacia Hidrográfica
do rio Piancó-Piranhas-Açu (CBH PPA) esteve nas dependências da Unidade
Acadêmica de Ciências Atmosféricas da Universidade Federal de Campina Grande,
para participar da II Reunião de Análise e Previsão Climática para o Setor
Norte do Nordeste do Brasil – Ano 2013.
Foram analisadas
as condições regionais da pluviometria e globais dos oceanos e da atmosfera,
assim como os resultados de modelos numéricos de previsão sazonal, visando
elaborar o prognóstico climático para o trimestre janeiro a março (JFM) de 2013,
sobre o setor norte da região Nordeste do Brasil.
Segundo o
relatório, publicado no último dia do evento, em coletiva de imprensa, a
seca deve continuar assolando os Estados Norte da região Nordeste no
início de 2013. A previsão climática é de escassez e período de chuvas
retardado até fevereiro do próximo ano, segundo a Agência Executiva de Gestão
das Águas da Paraíba (AESA).
O órgão
anunciou nesta quarta-feira (19) que a partir do início de março deverá
voltar a ser registrado um índice pluviométrico normal. Os meteorologistas
acreditam que o ano terá condições climáticas um pouco melhores que 2012 e
preveem o início do plantio agrícola a partir de março. O início do período
chuvoso será retardado, mas deve se aproximar da média histórica principalmente
no Semi-árido.
De acordo com a
meteorologista Marle Bandeira, até o fim de fevereiro as chuvas serão apenas
esparsas e irregulares. “Teremos chuvas isoladas a partir do final de
dezembro. Em março de 2013 a Zona de Convergência Intertropical deve atingir o
Nordeste. A tendência é de evolução para as águas do Atlântico Norte resfriando
e do Atlântico Sul aquecendo. Deste dezembro até o final de fevereiro de 2013,
continuaremos a ter estiagem e chuvas abaixo da média”, explicou.
A afirmação do
gerente da Aesa, Lucílio Vieira, é de que até fevereiro também é necessário
manter o racionamento e a preocupação com o volume dos açudes. “Não haverá
recarga significativa nos açudes até fevereiro. Locais com perigo iminente de
racionamento, cujo volume é abaixo dos 30%, necessitam de atenção maior. É
importante a manutenção para evitar o colapso. Aconselhamos os agricultores a começarem
o plantio em março de 2013”.
Em 2012, foram
registradas pela Aesa chuvas 60% acima da média histórica no período de janeiro
a março, que é de 1.660 milímetros segundo o órgão. “A atual condição climática
aponta para a continuidade da seca em 2013 e mais um ano de estiagem”,
esclareceu o meteorologista Alexandre Magno.
A reunião contou
com a participação de meteorologistas dos Centros Estaduais de Meteorologia e
de diversos órgãos municipais, estaduais e federais com atividades inerentes e
correlatas à meteorologia. O evento teve também a participação, via
áudio-conferência, de meteorologistas do CPTEC/INPE em Cachoeira Paulista/SP,
INMET, assim como de usuários em diversos pontos do Brasil.
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Jornalista: Evanilson
Barros
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