Reportagem Especial -
Saneamento Básico, um dos grandes desafios de Itaporanga
O Senado aprovou em
dezembro passado o terceiro eixo da transposição para a Paraíba, através de
ramal pelo Rio Piancó. Porém, antes é necessário salvar o rio que vem sendo
transformado no maior esgoto a céu aberto do Estado. Itaporanga é a cidade que
mais polui o rio ao despejar esgoto no seu leito. (Clique nas imagens
para ampliá-las)
A primeira de uma série
de reportagens especiais produzidas pelo Blog do Ricardo Pereira sobre os
desafios para os próximos anos fala sobre um problema que há décadas vem
preocupando a população de Itaporanga: o sistema de esgotamento sanitário. A
rede de esgoto da cidade, que cobre a parte central, foi construída, boa parte
dela, na década de 80. De lá pra cá, centenas de residências foram construídas,
e já não comporta os dejetos que a cada dia são jogados cada vez mais em volume
maior.
Os conjuntos
habitacionais e loteamentos que foram construídos nos últimos anos também
representam um agravo para o problema, já que não há um planejamento para o
sistema de esgotamento sanitário. Boa parte do esgoto das novas casas são
jogados a céu aberto, muitas vezes bem próximo às residências, ou mesmo em vias
públicas. Tanto faz se no centro ou na periferia, Itaporanga convive com um
grande problema no quesito saneamento.
Na tarde desta
sexta-feira (2) pudemos conferir o estrago que isso vem causando. Moradores do
Alto do Madeiro, por exemplo, tem sofrido com constantes transbordamentos da
rede com esgoto em suas portas. O mais recente já dura mais de dois meses e as
pessoas convivem com o esgoto em suas portas. A rua é uma das mais movimentadas
da cidade por ser via de acesso ao colégio Diocesano, ao cemitério, ao quartel
do 13º BPM, ao pólo da UAB-Virtual, etc.
Semana passada a
prefeitura buscando visando uma solução para o destino de águas fluviais na
região abriu uma extensa vala, com cerca de 400 metros de cumprimento, em
direção ao leito do Rio Piancó. No entanto, como a bomba da Cagepa, localizada
na rua, responsável pelo bombeamento do esgoto da parte leste da cidade em
direção a lagoa de tratamento, quebrou ocasionando o seu transbordamento.
Com isso,ao invés de
águas fluviais é esgoto in natura que escorre pela vala e deságua no rio. Um
crime irreparável para a natureza, diante de grande degradação. Só que na parte
oeste da cidade, o rio também recebe e há anos esgoto in natura, através do
canal xique-xique [construído décadas atrás para escoamento de águas
fluviais].
A situação é
condenada pelos vereadores Ricardo Pinto, João Guimarães, Izabelle Mendes,
Jacklino Porcino e Ivanilto Palmeira, que juntos pedem ao Ministério Público,
Sudema e Ibama, uma intervenção urgente nessa questão visando atenuar o estrago
causado.
De tempos em tempos o
problema acontece também em pleno comercial da cidade. Na Avenida Getúlio
Vargas a rede coletora de águas fluviais que passa ao lado da agência do Bando
do Brasil vez por outra causa transtornos imensuráveis quando há
transbordamento do esgoto ali jorrado e que desemboca no canal Xique-Xique.
Nesses períodos o mau cheiro é intenso e conferido tanto pelos itaporanguenses
quanto por visitantes.
O canal Xique-Xique,
maior esgoto à céu aberto da região, é um descaso do poder público que tem
condenado centenas de famílias de ruas em suas margens. “A fedentina é
insuportável, durante o dia e a noite, prejudicando crianças, jovens e idosos”,
comenta moradora da Rua Marta Batista de Moura.
Em épocas chuvosas o
esgoto transborda do canal
invadindo as residências levando toda contaminação possível para os moradores. Além disso, há ainda uma lagoa de esgoto num riacho próximo, onde crianças brincam e até tomam banham. Mosquitos, muriçocas, baratas e ratos são constantes nesses locais levando doenças para dentro das casas. Isso em pleno centro da cidade.
Soluções - Há que se falar sim
em um projeto amplo de Saneamento Básico para Itapranga. No entanto, isso
demanda muito dinheiro e tempo. A curto prazo o poder público deve se esforçar
em encanar o máximo de esgotos da cidade, a fim de que estes não jorrem a céu aberto,
visto que isso pode causar muitas doenças, aumentando ainda mais os problemas
coma saúde da população. É imprescindível também observar os impactos ao meio
ambiente.
O investimento em tubulação é baixo e está ao alcance da Prefeitura. Todos os dias, dezenas de pessoas sofrem com esgotos em frente às suas casas, quando não em seu interior, nos quintais, em terrenos, etc. Resolver o problema do esgotamento sanitário é um grande desafio para próximas gestões municipais.
O próximo gestor há de preparar a rede geral de esgotos, para que esta seja condizente com o tamanho da cidade. Na construção de novas casas, seja pelo poder público, seja por particulares, há que se traçar um plano que visualize a questão, para que o problema não aumente ainda mais. Uma nova gestão que leve em consideração a saúde da população, deve saber que esta passa pela qualidade de vida que ela terá, com planejamento e serviços eficazes
O investimento em tubulação é baixo e está ao alcance da Prefeitura. Todos os dias, dezenas de pessoas sofrem com esgotos em frente às suas casas, quando não em seu interior, nos quintais, em terrenos, etc. Resolver o problema do esgotamento sanitário é um grande desafio para próximas gestões municipais.
O próximo gestor há de preparar a rede geral de esgotos, para que esta seja condizente com o tamanho da cidade. Na construção de novas casas, seja pelo poder público, seja por particulares, há que se traçar um plano que visualize a questão, para que o problema não aumente ainda mais. Uma nova gestão que leve em consideração a saúde da população, deve saber que esta passa pela qualidade de vida que ela terá, com planejamento e serviços eficazes
Fonte: rps.com/Ricardo Pereira.
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